Decorria o ano de 1929, o pequeno fazendeiro Mamédio José Silvério, que morava próximo ao Córrego Ribeirão, doou uma área de aproximadamente 5 (cinco) alqueires (24 hectares), para a Igreja Presbiteriana Central de Jataí, com a finalidade de ser ali instalada uma capela e uma escola, no local que ainda hoje pertence a aquela entidade.
No ano de 1935 a Igreja Presbiteriana fundou um núcleo então comandado pelo Reverendo Ashman Salley de nacionalidade Norte Americana, que foi sucedido pelo Rev. Robert Lodwick, o qual permaneceu à frente da Igreja até por volta do ano de 1945, quando transferiu a administração ao Rev Raimundo Pitman, quem, efetivamente, levou avante os trabalhos evangélicos e educacionais.
Por volta do ano de 1945 foi construído um campo de aviação ao lado da Igreja, trabalho esse feito pelos poucos moradores da região para que pudessem receber a visita de um médico que a Igreja Presbiteriana, mensalmente, trazia de Rio Verde para cuidar de seus fiéis e alunos da escola que mantinha (Instituto Presbiteriano Samuel Graham).
A antiga igreja já não comportava seus seguidores, estando ainda, depauperada pela ação do tempo, assim no ano de 1948, sob o comando do Rev. Raimundo Pitman, foi edificada uma nova, maior e com melhores acomodações. Neste mesmo ano, os morados da região, Mamédio Joaquim de Bastos, José Francisco de Souza e Risiel Neves de Almeida se associaram com a finalidade de manter uma professora na escola da Igreja Presbiteriana que nesta época já contava com cerca de 35 alunos, quando contrataram a jovem Dalma Gomes Monteiro originária da cidade de Santa Helena de Goiás.
Como a escola e a igreja iam muito bem, os pais de alunos e alguns fieis começaram a edificar pequenas casas no terreno pertencente a igreja, no que foram proibidos pela Missão Brasil Central que gerenciava a Igreja. Em razão dessa proibição o Sr. João Carlos de Bastos, conhecido como “João Jaraguá”, que havia herdado de seu sogro Mamédio José Silvério, uma área de terras onde hoje localiza-se a parte Oeste da cidade de Palestina de Goiás, fez um loteamento contendo 480 lotes e os vendeu a preços simbólicos aos interessados, surgindo assim o povoado.
Os lotes foram ocupados rapidamente, quando o Rev. Raimundo Pitman viu a necessidade de se dar um nome ao Povoado, assim, convocou um plebiscito entre os moradores do local, que apresentaram várias sugestões de nome, por fim dois foram os escolhidos para disputar o plebiscito: Palestina e Jerusalém, que submetidos a votação popular o primeiro (Palestina) sagrou-se campeão com 84 votos a favor e 36 contra.
O Povoado situava dentro da área territorial do Município de Caiapônia e dele dependia econômica, financeira e politicamente. No ano de 1962, Mamédio Joaquim de Bastos foi eleito Vereador pelo Município de Caiapônia como representante do povoado de Palestina, iniciou-se um ardoroso trabalho para elevá-lo a condição de DISTRITO.
Mamédio Joaquim de Bastos também foi eleito Vice-Prefeito de Caiapônia, na chapa encabeçada por Bertoldo Francisco de Abreu, para o período de 31.01.1970 à 31.01.1973.
Pela Lei Estadual nº 7.188, de 12 de novembro de 1968 (publicada no Diário Oficial do Estado em 04.12.1968), o Povoado de Palestina foi elevado à categoria de DISTRITO.
Anos passaram e Palestina crescia especialmente sob a influência da Pecuária de corte, através de vários fazendeiros que se instalaram no Distrito, dentre eles, Antônio Máximo de Oliveira, Guilhermino Moraes de Faria, Joaquim Moraes dos Santos e outros.
Antônio Máximo de Oliveira, conhecido por Tonicão, mantinha estreito relacionamento com políticos da época; dois filhos de Caiapônia eram Deputados Federais, Jarmund Nasser e Antonio Rezende Monteiro que conseguiu junto ao Governador do Estado da época, Dr. Otavio Lage de Siqueira, a construção de uma Escola no Distrito, que denominou-se Escola Estadual “Lúcia Ana de Bastos”, onde hoje funciona o “Centro de Apoio ao Estudante”.
A escola foi inaugurada com 240 alunos transferidos da escola da Igreja Presbiteriana que assumiu os 10 professores e 02 porteiros serventes.
O mesmo Fazendeiro, Antônio Máximo de Oliveira, conseguiu outra escola para o Distrito, atual Escola Estadual Ana Algemira do Prado.
Posteriormente, no ano de 1985 foi deflagrada a luta pela emancipação política do DISTRITO. Problemas políticos atrasaram a emancipação que só veio acontecer no dia 30 de dezembro de 1987, através da Lei Estadual nº 10.404 (publicada no Diário Oficial do Estado no dia 31.12.1987), oportunidade que foi necessário acrescentar ao nome da cidade as palavras “DE GOIÁS”, visando diferencia-la de outra também Palestina já emancipada e localizada no Estado de São Paulo.
O Município de Palestina de Goiás foi instalado em 01.01.1989, com a posse do primeiro prefeito eleito, Carlos Alberto de Moraes, filho de família tradicional, que teve como vice-prefeito, Lourival Francisco de Souza e seu mandato foi de 1989 a 1992.